- A dotação planetária total de petróleo líquido convencional não renovável era grosso modo de dois biliões de barris antes da humanidade começar a sua exploração. Desde meados do Séc. XIX até hoje, o mundo queimou cerca de um bilião de barris de petróleo, metade do total que jamais existiu, representando a parte mais fácil de obter e a de maior qualidade. A metade que resta inclui o petróleo mais díficil de obter, líquidos de menor qualidade, semisólidos e sólidos.
- As descobertas de petróleo a nível global atingiram o seu pico em 1964 e têm seguido uma firme linha descendente desde então .
- A taxa de utilização de petróleo acelerou tremendamente desde 1950. A explosiva taxa de crescimento da população mundial ocorreu em paralelo com as nossas taxas de utilização do petróleo ( na realidade, o petróleo permitiu a explosão populacional).
- O mundo está agora a utilizar 27 mil milhões de barris de petróleo por ano. Se cada gota do bilião de barris remanescente pudesse ser extraído aos actuais rácios de custos e às actuais taxas de produção - o que é extremamente improvável - a totalidade da dotação existente duraria apenas mais uns 37 anos.
- Na realidade, uma parte substancial da metade remanescente do petróleo mundial nunca será recuperável.
- Após o pico de produção, a procura mundial excederá a capacidade mundial de produção de petróleo.
- Após o pico de produção, o esgotamento prosseguirá a 2 a 6% ao ano, enquanto a população mundial continuará a aumentar (por algum tempo)
- Mais de 60% do petróleo remanescente situa-se no Médio Oriente.
- Os Estados Unidos possuem 3% das reservas de petróleo remanescente no mundo, mas consumem 25% da produção diária mundial.
- Os Estados Unidos ultrapassaram o pico de produção em 1970 com a taxa anual de produção caindo para metade desde então - de cerca de 10 milhões de barris por dia em 1970 para pouco mais de 5 milhões em 2003.
- O rácio da energia despendida pela indústria petrolífera dos EUA para retirar o petróleo do subsolo relativamente à energia produzida por esse mesmo petróleo caíu de 28:1 em 1916 para 2:1 em 2004 e continuará a cair.»
in "The Long Emergency - Surviving the converging catastrophes of the twenty-first century"
James Howard Kunstler
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