A frequência e intensidade crescentes deste fenómeno na região das Caraíbas e Golfo do México, e no Pacífico Ocidental (designado nesta região por Tufão) poderão estar relacionadas com o aquecimento global (Ler artigo do Serviço Meteorológico EUA: Furacões e Aquecimento Global), nomeadamente com o aumento da temperatura dos oceanos.
O número de furacões de intensidade máxima (escala de 1 a 5) tem aumentado, com consequências tremendas, não só em perdas humanas, mas também com prejuízos materiais que ameaçam inclusive a estabilidade do sistema financeiro e das economias em geral.
Furacões como o Katrina, que afectou seriamente quatro Estados do sul dos EUA, poderão custar, só em termos de indemnizações pagas pelas companhias de seguros, 26 mil milhões de dólares. Os custos económicos totais poderão chegar aos 100 mil milhões de dólares (Actualização: poderão ultrapassar os 200 mil milhões de dólares, mais que o PIB português). E este não é o primeiro furacão da época a provocar graves danos. E provavelmente não será o último. Também a indústria petrolífera tem sido sucessivamente afectada por este fenómeno, interrompendo a produção e danificando as plataformas de exploração "off-shore".
É por estas razões que as companhias de Resseguros levam muito a sério o problema do aquecimento global, visto estarem na linha da frente dos que assumem as perdas. Ver Muniche RE.
No entanto, os custos destas catástrofes serão progressivamente repercutidos pela economia mundial, sobretudo pela via do aumento dos prémios. Segurar as plataformas petrolíferas, por exemplo, tenderá a ser mais caro.
Para quem sugere que tomar medidas contra o aquecimento global tem elevados custos económicos, deverá pensar então nos custos económicos desse mesmo aquecimento global, traduzido, entre outros fenómenos, pela violência crescente dos furacões.
Comissão
Há 3 horas
1 comentário:
Good article - economic effects of global warming are probably the only motivation capable of cracking political inaction.... Cool picture too...
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