terça-feira, janeiro 29, 2008

Prof. Delgado Domingos: Alterações Climáticas como instrumento de controlo social!?




Numa sessão da agência municipal de ambiente e energia da cidade de Lisboa, "Lisboa E-Nova", intitulada "ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS: CONTRADIÇÕES E FACTOS INCONVENIENTES ", o Prof. Delgado Domingos (Presidente do Conselho de Administração da Lisboa E-Nova) fez uma exposição que confirmou o teor da entrevista que tinha dado ao jornalista Pedro Almeida Vieira.
O Prof. Delgado Domingos fez declarações muito estranhas, tendo em conta a sua reputação, ainda por cima, membro da American Meteorological Society. Muitas dessas declarações, no entanto, nada têm de originais, sendo apenas a repetição do rol mais que batido de posições dos cépticos das Alterações Climáticas. Essas posições já foram mais que analisadas e rebatidas.

Ora vejamos.


«Excesso de informação e falta de conhecimento favorecem pré-conceitos e ideologias. A discussão actual sobre alterações climáticas é um exemplo» slide nº 2 da exposição


Com esta afirmação e os 6 primeiros “slides” da apresentação, desvaloriza o problema do aquecimento global.


A TEMPERATURA GLOBAL

Diz que nos anos 70 previa-se que vinha aí uma nova idade do gelo (slides nºs 3 e 4, notícia do "Times"). Este é um dos aspectos que caracteriza a confusa apresentação: mistura notícias da imprensa e confunde-as com as posições da ciência. Aqui podemos encontrar uma resposta adequada a esta questão.

No slide nº 6 parece
confundir tempo com clima. Ver aqui e na legenda da seguinte imagem:

É notório nesta imagem que são mais as regiões onde as anomalias de temperatura são no sentido do aquecimento do que do arrefecimento. De qualquer modo: "A single year of data on its own can’t be used to either prove or disprove a trend like global warming". Mas : "However, as the NASA GISS scientists point out in their summary for 2007, the temperature anomaly of 2007 “continues the strong warming trend of the past thirty years that has been confidently attributed to the effect of increasing human-made greenhouse gases. The eight warmest years in the GISS record have all occurred since 1998, and the 14 warmest years in the record have all occurred since 1990.


O "HOCKEY STICK"

Sobre o "Hockey Stick" (slide nº 10) ver discussão: "Myth vs Fact Regarding the "Hockey Stick" .

Do ponto de vista científico, as afirmações mais estranhas do Prof. Delgado Domingos referem-se aos
componentes do "forçamento radiativo".




Definição de "forçamento radiativo" : «The term “radiative forcing” has been employed in the IPCC Assessments to denote an externally imposed perturbation in the radiative energy budget of the Earth’s climate system»; «The first IPCC Assessment (IPCC, 1990) recognised the existence of a host of agents that can cause climate change including greenhouse gases, tropospheric aerosols, land-use change, solar irradiance and stratospheric aerosols from volcanic eruptions».

Este último elemento,
pode constituir um forçamento radiativo negativo fornecendo uma das respostas possíveis à dúvida do Prof. no slide nº 20: «[...] definição do forçamento radiativo e os valores desse forçamento dados pelo SPM (Summary for Policy Makers) são inconsistentes com a evolução verificada para as temperaturas durante o mesmo período, pois há períodos de arrefecimento claramente identificáveis nesses últimos 150 anos»


Ver também: «Explosive volcanic eruptions greatly increase the concentration of stratospheric sulphate aerosols. A single eruption can thereby cool global mean climate for a few years» in Technical Summary do AR4 IPCC, pág. 31.






As Nuvens


O Prof. cita esta frase retirada da pág. 114 do Working Group I Report "The Physical Science Basis":

«Clouds, which cover about 60% of the Earth’s surface, are responsible for up to two thirds of the planetary albedo, which is about 30%. An albedo decrease of only 1%, (...) would cause an increase in the radiative equilibrium temperature of about 1C,(...) roughly equivalent to the direct radiative effect of a doubling of the atmospheric CO2 concentration.»

Desta frase, conclui-se que o forçamento radiativo das nuvens é negativo (referência ao albedo); no entanto, estas duas frases retiradas da mesma página, afirmam algo mais complexo:


  • «the amplitude and even the sign of cloud feedbacks was noted in the TAR as highly uncertain, and this uncertainty was cited as one of the key factors explaining the spread in model simulations of future climate for a given emission scenario» [pág. 114, 2ª coluna linha 14 do PSB ("The Physical Science Basis")]


  • Simultaneously, clouds make an important contribution to the planetary greenhouse effect. (linha 32)

Insinuar que o aumento de temperatura derivado do aumento de CO2 provoca um "feedback" negativo devido ao aumento de nuvens é um passo precipitado. Isto porque "aerosols and clouds absorb energy in addition to reflect it"


Ou seja, a incerteza funciona nos dois sentidos; a frase citada não nega problema nenhum, antes pelo contrário.


O VAPOR DE ÁGUA



«A fundamental importância do vapor de água, o mais importante gás com efeito de estufa é repetidamente acentuada e a incerteza trazida pelas nuvens bem sublinhada.» slide nº 29


Esta frase, tecnicamente, está correcta, mas no contexto em que é afirmada (ver apresentação), ou seja, de desvalorização da importância de combater as emissões dos GEE, nomeadamente, o CO2 [ «não só porque o CO2 não é o principal gás com efeito de estufa» slide 48] , revela um tratamento pouco cuidado do problema, como veremos mais à frente.

A confusão aqui reside em misturar a importância do vapor de água enquanto GEE numa situação de equílibrio, com a sua importância enquanto forçamento radiativo.


Vejamos o que diz o relatório do IPCC:


  • «Although water vapour is a strong greenhouse gas, its concentration in the atmosphere changes in response to changes in surface climate and this must be treated as a feedback effect and not as a radiative forcing» TS pág. 23 AR4
  • «Direct emission of water vapour by human activities makes a negligible contribution to radiative forcing. However, as global mean temperatures increase, tropospheric water vapour concentrations increase and this represents a key feedback but not a forcing of climate change. Direct emission of water to the atmosphere by anthropogenic activities, mainly irrigation, is a possible forcing factor but corresponds to less than 1% of the natural sources of atmospheric water vapour. The direct injection of water vapour into the atmosphere from fossil fuel combustion is significantly lower than that from agricultural activity. » in TS. 2.1 Greenhouse Gases (p.28) AR4

O DIÓXIDO DE CARBONO (CO2)


A importância do dióxido carbono, segundo o IPCC:


  • «Current concentrations of atmospheric CO2 and CH4 far exceed pre-industrial values found in polar ice core records of atmospheric composition dating back 650,000 years. Multiple lines of evidence confirm that the post-industrial rise in these gases does not stem from natural mechanisms (see Figure TS.1 and Figure TS.2).

  • «With the important exception of carbon dioxide (CO2), it is generally the case that these processes remove a specific fraction of the amount of a gas in the atmosphere each year and the inverse of this removal rate gives the mean lifetime for that gas» pág 23 T.S. 2.1

  • «Long-lived greenhouse gases (LLGHGs), for example, CO2, methane (CH4) and nitrous oxide (N2O) are chemically stable and persist in the atmosphere over time scales of a decade to centuries or longer, so that their emission has a long-term influence on climate.» pág 23 T.S. 2.1

  • «The industrial era increase in CO2 , and in the radiative forcing (Section 2.3) by all three gases, is similar in magnitude to the increase over the transitions from glacial to interglacial periods, but started from an interglacial level and occurred one to two orders of magnitude faster» pág 447 (PSB)

  • «The understanding of anthropogenic warming and cooling influences on climate has improved since the TAR, leading to very highconfidence that the effect of human activities since 1750 has been a net positive forcing of +1.6 [+0.6 to +2.4] W m–2.

Mais palavras para quê? A importância do CO2 como gás de efeito de estufa e o seu impacto actual no aquecimento global são patentes nestas citações do relatório do IPCC.


Mas vejamos o que dizem outras organizações científicas sobre este assunto:

AMERICAN GEOPHYSICAL UNION


«The American Geophysical Union, an organization of geophysicists that consists of more than 45,000 members, has issued a strong statement on human-caused global warming :


  • «The Earth's climate is now clearly out of balance and is warming»

  • «The cause of disruptive climate change, unlike ozone depletion, is tied to energy use and runs through modern society. Solutions will necessarily involve all aspects of society

Parece-me que esta frase demonstra que soluções que tenham apenas em conta as medidas de eficiência energétca (slide 47), não são suficientes.


  • If this 2°C warming is to be avoided, then our net annual emissions of CO2 must be reduced by more than 50 percent within this century»

Redução de CO2, questão ideológica? Cenários subjectivos (slides 44 e 48) ?


  • [...] to educate the public on the causes, risks, and hazards; and to communicate clearly and objectively with those who can implement policies to shape future climate. »


AMERICAN METEOROLOGICAL ASSOCIATION

Declaração da American Meteorological Association:


  • «In the last 50 years atmospheric CO2 concentration has been increasing at a rate much faster than any rates observed in the geological record of the past several thousand years»;

  • «There will be inevitable climate changes from the greenhouse gases already added to the Earth system. Their effect is delayed several decades because the thermal inertia of the oceans ensures that the warming lags behind the driving forcing.

  • «Many of the trends observed in recent decades are projected to continue. The model projections all show greater warming in northern polar regions, over land areas, and in the winter season, consistent with observed trends»

Finalmente:

  • «Policy choices in the near future will determine the extent of the impacts of climate change. Policy decisions are seldom made in a context of absolute certainty. Some continued climate change is inevitable, and the policy debate should also consider the best ways to adapt to climate change. Prudence dictates extreme care in managing our relationship with the only planet known to be capable of sustaining human life.»

DECLARAÇÃO DA AMERICAN ASSOCIATION FOR THE ADVANCEMENT OF SCIENCE


DECLARAÇÃO CONJUNTA DE 11 ACADEMIAS DE CIÊNCIAS

  • «It is vital that all nations identify cost-effective steps that they can take now, to contribute to substantial and long-term reduction in net global greenhouse gas emissions.»
  • «[...] a lack of full scientific certainty about some aspects of climate change is not a reason for delaying an immediate response that will, at a reasonable cost, prevent dangerous anthropogenic interference with the climate system.»

Até a AMERICAN ASSOCIATION OF PETROLEUM GEOLOGISTS , mais reservada por razões mais ou menos óbvias, reconhece :

  • «In the last century growth in human populations has increased energy use. This has contributed additional carbon dioxide (CO2) and other gases to the atmosphere»

Mas, será que a conspiração de Al Gore e companhia (slide 45) está a dar resultado? Pelos vistos, não! Ver aqui e aqui.

Ver também "Carbon Budget and Trends".


E o que recomenda o IPCC em relação aos objectivos de redução de CO2?

«In the majority of the scenarios in the most stringent stabilization category (I), emissions are required to decline before 2015 and be further reduced to less than 50% of today’s emissions by 2050.» in Working Group III Report "Mitigation of Climate Change" ; Technical Summary pág 38 ; Ver quadro pág. 39

E o que estão a fazer as principais potências económicas mundiais?:

Ver "Bali Action Plan"

  • Os EUA, a nível federal, não se comprometem com nenhuma meta concreta de redução de CO2;
  • A Europa, a mais ambiciosa, estabeleceu uma meta de redução de 20% até 2020. [o IPCC recomenda entre 20 a 45%]:
  • A China e a Índia, dois países em crescimento acelerado, não estão vinculados ao Protocolo Kyoto;

Perante este cenário, não se percebem as afirmações do tipo daquelas do slide 49!

Pessoas com esta responsabilidade, detentores de cargos públicos, deveriam ser mais cuidadosos, sobretudo tratando-se de uma matéria tão complexa e cuja real importância é de díficil percepção pelo público em geral. Só uma população esclarecida será capaz de vencer os grupos de interesse particulares que bloqueiam medidas políticas de fundo que evitem que caminhemos na direcção da catástrofe.

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domingo, janeiro 27, 2008

Who Reads the Papers - Um pouco de humor!


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A Shell reconhece o "Pico Petrolífero" dentro de 7 anos!



Há tempos, o nosso brilhante presidente executivo da GALP, eng. Manuel Ferreira de Oliveira, dizia na Grande Entrevista a Judite de Sousa da RTP (ver arquivo e procurar áudio Ferreira de Oliveira) o seguinte - face à pergunta da jornalista sobre a inquietação pelo petróleo ter chegado aos cem dólares e poder chegar aos 150 dólares até final de 2008 - :

- «Se eu tivesse que fazer uma projecção, diria que em 2008 vamos ver o preço cair para os 70-75 dólares por barril, e não há razão nenhuma, nenhuma, para que essa quebra não seja superior.»

Sobre as reservas de petróleo:

-«hoje, a relação entre as reservas e a produção é de 43, 44 anos [...] Nós poderiamos discutir um bocadinho sobre futurologia, mas os que pensam sobre estas coisas dizem que o pico do consumo de petróleo vai ocorrer por volta de 2020-2030, a partir do qual começa a declinar. [...] A partir de 2020-2030 prevê-se um declínio paulatino da produção e do consumo, que vai sendo substituida por outras fontes energéticas alternativas» - eu acrescentaria, essas alternativas vão aparecer milagrosamente, no momento exacto em que precisarmos!

Pelos vistos, o Sr. Engenheiro é um optimista, mas parece um pouco distraído e iludido pelas recentes descobertas no Brasil. Se o que ele considera serem os conhecedores destas coisas são as companhias petrolíferas, então veja-se o comunicado da SHELL:

«We are experiencing a step-change in the growth rate of energy demand due to rising population and economic development. After 2015, easily accessible supplies of oil and gas probably will no longer keep up with demand.»

Ou seja, a Shell admite que, embora haja muito petróleo para extrair, já a partir de 2015 poderemos vir a ter problemas de abastecimento de um recurso que é a base fundamental da Civilização Moderna e que, portanto, não pode ser substituído de um dia para o outro!

Ver também aqui , aqui, aqui e ainda aqui

As afirmações do presidente da GALP não dão o sinal correcto aos cidadãos e consumidores, porque leva-os a pensar que não há problema de maior e portanto, apesar do preço estar um bocado mais alto, podem continuar a espatifar um recurso essencial que começa a escassear. Claro que o interesse dele não é o interesse público, mas o dos seus accionistas, evidentemente.
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sábado, janeiro 26, 2008

Qual é a gravidade das Alterações Climáticas...




....e o tempo para agir?

How dire is the climate situation? Consider what Rajendra Pachauri, the head of the United Nations' prestigious Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), said last month:

"If there's no action before 2012, that's too late. What we do in the next two to three years will determine our future. This is the defining moment."

Pachauri has the distinction, or misfortune, of being both an engineer and an economist, two professions not known for overheated rhetoric.
Ler mais em «Desperate times, desperate scientists».
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A Civilização Moderna

«The most significant characteristic of modern civilization is the sacrifice of the future for the present, and all the power of science has been prostituted to this purpose»

William James
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terça-feira, janeiro 22, 2008

2007: ano mais quente no Hemisfério Norte


Segundo a NASA, o ano de 2007 foi o mais quente de sempre, desde que há registos, no Hemisfério Norte e a nível global o segundo mais quente, igualando o ano de 1998 (ver aqui ). No entanto, este registo de 2007 é especialmente notável porque existiam as condições, comparativamente a outros anos, que fariam esperar temperaturas inferiores aos máximos : «The unusual warmth in 2007 is noteworthy because it occurs at a time when solar irradiance is at a minimum and the equatorial Pacific Ocean is in the cool phase of its natural El Nino – La Nina cycle.»

Contudo, segundo os dados de outra agência norte-americana, a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), o ano de 2007 foi "apenas" o 5º mais quente. De notar que "Seven of the eight warmest years on record have occurred since 2001"
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sábado, janeiro 19, 2008

Plan B - Lester Brown




«Keeping the [global economic] bubble from bursting will require an unprecedented degree of international cooperation to stabilize population, climate, water tables, and soils - and at wartime speed. Indeed, in both scale and urgency the effort required is comparable to the US mobilization during World War II.»

Lester R. Brown, Plan B (2003)


Lester R. Brown publicou recentemente Plan B 3.0 - Mobilizing to Save Civilization, o livro está disponível online, por capítulos. Destaque para "The Great Mobilization":


«There are many things we do not know about the future. But one thing we do know is that business as usual will not continue for much longer. Massive change is inevitable. Will the change come because we move quickly to restructure the economy or because we fail to act and civilization begins to unravel?»

«Shifting Taxes and Subsidies

The need for tax shifting—lowering income taxes while raising levies on environmentally destructive activities—has been widely endorsed by economists. For example, a tax on coal that incorporated the increased health care costs associated with mining it and breathing polluted air, the costs of damage from acid rain, and the costs of climate disruption would encourage investment in clean renewable sources of energy such as wind or solar.»
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sexta-feira, janeiro 18, 2008

Entrevista ao Prof. Delgado Domingos

O Prof. Delgado Domingos deu recentemente uma entrevista ao jornalista Pedro Almeida Vieira abordando vários assuntos, entre os quais as Alterações Climáticas. A fazer fé na transcrição da entrevista, fiquei desapontado com a forma ligeira como o Prof. abordou este assunto, visto que é uma pessoa que merece todo o respeito. Mas a verdade é que considerações daquele tipo dão falsos argumentos aos cépticos sem que haja nenhum fundamento para tal, como se pode constatar aqui
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Hipocrisia em torno do Tata Nano


O Grupo Indiano Tata, lançou um novo carro do povo, o Nano, que por menos de 2000€, ficará acessível à crescente classe média indiana, num país com cerca de mil milhões de habitantes, e de outros países em desenvolvimento. Logo surgiu a preocupação fundada, a começar por um indiano, o director do IPCC, Rajendra Pachauri (que diz estar a ter pesadelos sobre este assunto), com o impacto adicional que terá sobre as emissões de gases com efeito de estufa (e, logo, sobre as alterações climáticas) esta nova opção de mobilidade disponível a milhões de pessoas. No entanto, como é muito bem dito aqui, há uma grande dose de hipocrisia por parte de muitos no mundo ocidental, porventura mais relacionada com a competição que provém desta zona do mundo e que a cegueira arrogante de muitos desprezava, do que com a genuína preocupação com as alterações climáticas. Muitos europeus, nomeadamente os dirigentes e as elites, têm que se ir habituando à ideia de que há mais mundo lá fora do que aquele a que estavam habituados a considerar.

Esta do New York Times e esta do WP são de rir, vindo do país donde vem, ao que se diz, o mais rico, tecnologicamente avançado país do mundo, onde o desprezo pelo transporte público é generalizado!
De qualquer modo, a avaliar sobretudo pelo artigo do Washington Post, o Nano poderá ter o condão de fazer os americanos perceberem que há aqui um problema muito sério e que para ter solução exige compromissos e uma postura ética.
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O Progresso


«Human progress is neither automatic nor inevitable. We are faced now with the fact that tomorrow is today. We are confronted with the fierce urgency of now. In this unfolding conundrum of life and history there is such a thing as being too late…We may cry out desperately for time to pause in her passage, but time is deaf to every plea and rushes on. Over the bleached bones and jumbled residues of numerous civilizations are written the pathetic words: Too late.” »

Martin Luther King Jr. Ler mais...

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Bush admite Pico Petrolífero?!


Em recente visita à Arábia Saudita, o Presidente Bush pressionou o rei saudita a aumentar a produção de petróleo, sobretudo agora que aumentam os receios de uma grave recessão e se aproximam as eleições. No entanto, mesmo Bush teve que admitir que as coisas não estão fáceis também neste campo: ler Jerome a Paris.
Note-se, como é referido, que apesar do suposto esforço de aumento de produção da Arábia Saudita, a produção aumentou apenas 1.5 milhões barris/dia(mb/d) em dez anos, ao passo que a procura cresceu 10(mb/d).
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O Protocolo de Quioto está em vigor

Para quem não tivesse reparado, como eu, o Protocolo de Quioto entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2008. Durante os próximos 5 anos, as metas fixadas por Quioto são para cumprir, "or else", toca a pagar:
«During this period, most industrialized countries and countries with “economies in transition” (including the Russian Federation, the Baltic States, and several Central and Eastern European States), are obliged to reduce their greenhouse gas emissions below levels agreed under the Protocol.» Ler mais...

quarta-feira, janeiro 16, 2008

terça-feira, janeiro 15, 2008

Filosofia, Fé e Ciência


When thinking changes your mind, that's philosophy.
When God changes your mind, that's faith.
When facts change your mind, that's science.
WHAT HAVE YOU CHANGED YOUR MIND ABOUT? WHY?

Science is based on evidence. What happens when the data change? How have scientific findings or arguments changed your mind?"

in "Edge"

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domingo, janeiro 13, 2008

"The mother of all energy crises"


"The mother of all energy crises" de Robert L. Hirsch

« Lidar com um pico na produção mundial de petróleo será extremamente complexo, envolverá milhões de milhões de dólares e exigirá décadas de esforços intensos sob as melhores das condições.»

«[...] um declínio de 1% na produção mundial de petróleo criaria uma redução de 1% no PIB mundial. Mesmo reconhecendo o facto de que a precisão é impossível em tais matérias, é preocupante contemplar o impacto da escassez mundial de petróleo a crescer a 2% a 5% ao ano ao longo de um longo período. »

«o público terá de tornar-se consciente do problema; segundo, teremos de substituir nosso actual e excessivamente complicado método de tomada de decisão — em todo o mundo; e terceiro, grandes compromissos terão de ser feitos e seguidos. As tarefas pela frente serão dantescas;»
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sexta-feira, janeiro 11, 2008

Platão sobre a Política


"One of the penalties for refusing to participate in politics is that you end up being governed by your inferiors."

"A penalização por não participares na política, é acabares a ser governado pelos teus inferiores"

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segunda-feira, janeiro 07, 2008

2007: a temperatura continua alta!


Segundo o "Goddard Institute for Space Studies", 2007 foi o segundo ano mais quente nos primeiros 11 meses: GISS 2007 Temperature Analysis through November.

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Petróleo: 2007 em revista

A ASPO-EUA passa o ano em revista no que diz respeito ao petróleo: "The Year in Review Major Developments in the Peak Oil Story during 2007": Ver o PDF "Peak Oil Review: 7 January 2008"

Entretanto, as apostas (contratos de opções) para o preço do petróleo nos 200 US$, no final deste ano, decuplicaram (notícia da Bloomberg).
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sábado, janeiro 05, 2008

Primárias EUA: propostas


No que diz respeito à política energética e alterações climáticas, parece haver boas propostas do lado Democrata, segundo Joseph Romm do Climate Progress, ligado ao think tank The Center for American Progress.

Eis o programa de Obama, o de Hillary Clinton e respectivos comentários do Climate Progress aqui, aqui e aqui .

Já agora, as propostas de John Edwards.
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Most Terrifying Video You'll Ever See - Cenários sobre as Alterações Climáticas

Vale a pena ver este vídeo, apesar de tudo com um certo humor, sobre quatro cenários possíveis para a evolução futura do clima e as acções empreendidas pela Humanidade em resposta a esses cenários.

Ver também "How it all ends" e "How it all ends: Index" seguindo toda a sequência de vídeos na coluna do lado direito.
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