Pode parecer estranha a afirmação de que a fixação de uma meta para as concentrações de CO2e (dióxido de carbono equivalente) na atmosfera, em função do risco que estamos dispostos a correr em termos das consequências do aumento de temperatura, seja A MAIS IMPORTANTE QUESTÃO POLÍTICA DO NOSSO TEMPO. Afinal há tantos problemas que afligem as pessoas no dia a dia. No entanto, muitos desses problemas já são, e sê-lo-ão cada vez mais, afectados pelas alterações climáticas, a tal ponto que estas serão o factor determinante de todos esses problemas!
Como diz Mark Lynas, no seu livro "Seis Graus", edição portuguesa da Civilização Editora:
«Grande parte deste debate parecerá complexa e esotérica a quase todos, salvo aos especialistas na matéria. Mas não deveria ser assim. Na verdade, este é o principal dilema que enfrenta, actualmente, a humanidade - muito mais importante do que o terrorismo, a criminalidade, os cuidados de saúde, a educação ou qualquer outra das preocupações quotidianas que inundam os jornais e os ecrãs televisivos. Todos nós temos de tomar uma decisão: que temperatura e, por extensão, que concentrações de CO2, devemos nós visar? 400 ppm? 550 ppm? Imagino que uma sondagem mais abrangente ao público, em geral, não recolheria muitas respostas. A maioria da população encaixar-se-ia na categoria do "não sei".
Também a classe política só agora começa a compreender a terminologia relevante e não há, em todo o mundo, um só partido importante que apresente uma política definida sobre esta matéria.» Pág. 232 da edição portuguesa.
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Como diz Mark Lynas, no seu livro "Seis Graus", edição portuguesa da Civilização Editora:
«Grande parte deste debate parecerá complexa e esotérica a quase todos, salvo aos especialistas na matéria. Mas não deveria ser assim. Na verdade, este é o principal dilema que enfrenta, actualmente, a humanidade - muito mais importante do que o terrorismo, a criminalidade, os cuidados de saúde, a educação ou qualquer outra das preocupações quotidianas que inundam os jornais e os ecrãs televisivos. Todos nós temos de tomar uma decisão: que temperatura e, por extensão, que concentrações de CO2, devemos nós visar? 400 ppm? 550 ppm? Imagino que uma sondagem mais abrangente ao público, em geral, não recolheria muitas respostas. A maioria da população encaixar-se-ia na categoria do "não sei".
Também a classe política só agora começa a compreender a terminologia relevante e não há, em todo o mundo, um só partido importante que apresente uma política definida sobre esta matéria.» Pág. 232 da edição portuguesa.