Uma boa forma de debatermos é partindo de questões simples.
O Bloco de Esquerda, numa das propostas de uma das moções (pág. 13) à sua Convenção Nacional defende o seguinte: "Defendemos uma rede de transportes públicos gratuita"
O que vos parece?
Uma ideia louca, irresponsável, demagógica, inexequível, económico-financeiramente desastrosa?
ou
Uma proposta racional, responsável, economicamente viável e lúcida.
Digam de vossa justiça!
2 comentários:
A mim parece-me uma boa proposta, mas mais como um sinal para a população abandonar o ineficiente transporte individual, o automóvel.
Quer dizer, vou me explicar, é uma boa política mais no aspecto da educação e cultura ecológica. É uma boa política no curto prazo.
Mas no longo prazo não é uma boa política. O transporte público gratuito pode levar a abusos, abusos até inconscientes da própria população. No longo prazo o custo do transporte público deve ser barato, mas não gratuito.
Há aqui uma pequena contradição. Por um lado o povo precisa de saber que o transporte público deve ser sempre que possível preferido ao individual, mas por outro lado, também precisa de saber que a energia é um bem demasiado precioso para que se possa gastá-la gratuitamente e sem racionalização do seu uso.
Luís Rocha
Acrescento só mais uma coisa. Com o dinheiro que se pretende na OTA (ou já gastaram) e com o dinheiro que se gasta nas mordomias e falcatruas dos administradores dos Metros do Porto Liboa, da Carris e STCP (que é certamente considerável) esta proposta do transporte público gratuito até seria exequível.
Seria também necessário acompanhá-la de uma campanha de sensibilização, mas um dos pontos fundamentais seria nomear gente honesta para a direcção das empresas de transporte público, os actuais dirigentes são corruptos e incompetentes.
Mas como disse atrás, isso só faria sentido temporariamente, como uma campanha de incentivo (restringir o tráfego automóvel tb seria positivo). O preço normal deveria ser sem dúvida muito mais barato do que o que actualmente cobram, mas para a eficiência energética, a gratuitidade não é a melhor solução.
Luís Rocha
Enviar um comentário