quarta-feira, março 04, 2009

A Call to Action on Global Warming from Dr. James Hansen

8 comentários:

Anónimo disse...

Tem contraditório em http://mitos-climaticos.blogspot.com/.
Seria bom saber o que pensa o autor do "post" do que aí é referido por um conceituado cientista no Congresso dos EUA.
É necessário despertarmos as consciências para não se cair no conto do costume.
Já temos problemas que cheguem para agirmos com base em projectos sem futuro.

José M. Sousa disse...

Caro amigo

Lamento desiludi-lo, mas esse blog que indica não tem qualquer credibilidade. Este blog tem muita informação sobre este assunto, com as devidas referências para entidades idóneas. Ver legenda em Alterações Climáticas.

Não sei o que entende por "conto do costume", mas garanto-lhe que não é com os "mitos climáticos" que vai despertar consciências para o que quer que seja!

Anónimo disse...

Na realidade julgo que o autor entendeu bem o que eu queria significar com conto do costume, no contexto em que o fiz, por uma questão de cortesia e também de boa fé para quem tem ideias diferentes. Não encontrei expressão melhor mas considero mais importante assumir uma posição crítica perante posições oficiais em que imperam interesse, mesmo que dos dois lados.
Porque existem duas formas de abordar este tema e o que é referido no blogue que citei remete-nos para outros e para outras formas, à primeira vista credíveis quanto baste, para quem, não estando envolvido nestes temas, procura ver para além do smog que nos vão lançando.
Por isso não compreendo essa questão da credibilidade. Pois, sabendo eu ler e interpretar, o que lá leio, com lisura de discurso, remetendo-nos para as fontes, expondo os pontos de vista contrários, alertando-nos para as incongruências dos discursos oficiais deste momento, me leva a identificar como credível ou no mínimo, por não ofender ninguém, a ser respeitado como opinião.
Posto isto, e perante o que é afirmado no Congresso dos Estados Unidos por um cientista de grande reputação (e claro muitos outros são também lá citados), não vejo como se possa passar por analisar este assunto, para onde estão a ser desviados vastos recursos financeiros, sem que seja bem percebido por todos nós as diversas versões.
Só isso me animou no meu comentário, pois me preocupa muito o futuro, tendo em conta que o presente já foi futuro no passado e o que lá se predistinou e as políticas executadas na base de outras eventuais opções, estão a dar no que vamos dia após dia vendo.

Anónimo disse...

O meu contário saíu anónimo sem querer, mas é de EPM

José M. Sousa disse...

Caro EPM

Queira desculpar se insinuei algo desajustado.

Este assunto das Alterações Climáticas é de uma enorme complexidade e tem várias dimensões de análise. Uma delas é a científica. Do ponto de vista científico, a pessoa que publica o Mitos Climáticos, o eng. Rui Moura, não tem qualificações adequadas. Mas isso é o menos. Se reparar, ele não permite sequer a opção de comentários aos seus "posts".
Do ponto de vista da análise científica, não temos outro remédio - caso contrário estariamos a assumir um grave risco - senão ter em conta o que nos dizem as organizações científicas nas quais a sociedade depositou essa função: produzir e credibilizar ciência: Academias de Ciência, associações várias de diferentes ramos da ciência, etc.

Recomendo a legenda "Alterações Climáticas" neste blog onde será remetido para essa discussão.

José M. Sousa disse...

Já agora, sobre o último "post" do Rui Moura, referindo-se ao testemunho de um Prof. de Física de Princeton, William Happer (ele nem teve o rigor de ver bem o nome, de tanto que o conhece!).
Acontece que a Física tem vários ramos, mas a especialidade deste senhor, pelos vistos, não é Física Atmosférica. Ele próprio reconhece que não é climatologista!
«I am not a climatologist»
No entanto, ele reconhece o facto básico sobre esta discussão:
«increasing concentrations of CO2 in the atmosphere will cause the earth's surface to warm»
Só que depois exprime um acto de fé (pouco científico), afirmando que o aquecimento não irá prejudicar a Humanidade. Bom, convenhamos. A espécie humana e outras, tem limites para a temperatura que pode suportar.
Enfim, se deseja estar informado sobre estes assuntos, recomendo-lhe dois sites. O RealClimate, mantido por vários cientistas da área que fazem investigação corrente e tentam explicá-la neste site. E outro, que é mais abrangente, que toca áreas como a energia e todas aquelas que, de algum modo se cruzam com o tema: Climate Progress

Anónimo disse...

De facto o nome citado pelo autor do blog estava incorrecto. Mas tirando essa questão de forma, a substância está lá, sem querer defender o mesmo, não que não o mereça, mas porque certamente não precisa. Dos mails que já troquei com ele deu para perceber que é uma pessoa muito habilitada a falar deste tema e muito descomprometido.
Sobre as suas opções de ter ou não caixa de comentários no seu blog é uma decisão dele não criticável e quem quiser discutir algum assunto com ele, tem o mail aberto. Foi o que eu fiz quando me foram questionadas certas situações e devo dizer que foram claras como água as respostas que me foram dadas pelo Sr. Eng.º Rui Moura.
Mas continuando, dizia o Prof. William Happer:
"I am not a climatologist, but I don't think any of the other witnesses are either. I do work in the related field of atomic, molecular and optical physics.
I have spent my professional life studying the interactions of visible and infrared radiation withgases - one of the main physical phenomena behind the greenhouse effect. I have published over 200 papers in peer reviewed scientific journals. I am a member of a number of professional organizations, including the American Physical Society and the National Academy of Sciences.
...
In closing, let me say again that we should provide adequate support to the many brilliant scientists, some at my own institution of Princeton University, who are trying to better understand the earth's climate, now, in the past, and what it may be in the future. I regret that the climate-change issue has become confused with serious problems like secure energy supplies, protecting our environment, and figuring out where future generations will get energy supplies after we have burned all the fossil fuel we can find. We should not confuse these laudable goals with hysterics about carbon footprints. For example, when weighing pluses and minuses of the continued or increased use of coal, the negative issue should not be increased atmospheric CO2, which is probably good for mankind. We should focus on real issues like damage to the land and waterways by strip mining, inadequate remediation, hazards to miners, the release of real pollutants and poisons like mercury, other heavy metals, organic carcinogens, etc. Life is about making decisions and decisions are about trade-offs. The Congress can choose to promote investment in technology that addresses real problems and scientific research that will let us cope with real problems more efficiently. Or they can act on unreasonable fears and suppress energy use, economic growth and the benefits that come from the creation of national wealth.

Esta comunicação merece pois que lhe prestemos toda a atenção, pois sendo por definição os recursos escassos e grande a força da natureza, corremos o risco de nos desviarmos para projectos que não vão dar em nada, mas ao mesmo tempo não fazemos o que devemos.
Esse o meu receio. Por isso não vejo porque este assunto não é debatido (nomeadamente na AR) com a mesma abertura de espirito e de ciência e se opta pela evidência mais simples: O sol gira em volta da terra.

José M. Sousa disse...

Desculpe a insistência, mas a razão pela qual Rui Moura não permite comentários, ao contrário de outros sítios, é evitar o ridículo de demonstrar o seu desconhecimento sobre aquilo que publica.
Esta discussão não começou agora, já tem décadas e o tipo de argumentos do tal cientista não são novos. O IPCC - organismo criado no âmbito das Nações Unidas - foi incumbido de recolher - note, não faz investigação - e analisar todas as publicações científicas nesta área. E ao longo dos anos, a evidência tornou-se mais forte. O seu primeiro relatório tem mais de 20 anos!E já publicou o IV. James Hansen, o cientista que fala neste vídeo é climatologista, foi o primeiro a testemunhar perante o Congresso Americano há mais de vinte anos

É rídiculo, insisto rídiculo, insinuar que há cientistas que não publicam porque contrariam a "corrente" das Alterações Climáticas. O Rui Moura deve ter-lhe dito que o CO2 não é o principal gás de estufa; que é o vapor de água, etc, etc.. Pois é, mas este é um assunto que tem muitas nuances e o que pode parecer uma explicação plausível, pode não o ser. Recomendo este "post" que escrevi sobre o assunto. Repare que eu limito-me a comparar o que dizem pessoas como o Rui Moura com declarações de organizações científicas (com os respectivos "links"): Neste caso, o "link" para o "powerpoint" do Prof. Delgado Domingos já lá não está, mas tenho todo o gosto em enviar-lho.
Para mais sobre este debate, recomendo as seguintes leituras aqui , aqui e aqui