“The market was not undone by rogue individuals or the turning of a blind eye by incompetent regulators. It was undone by growth itself.”
Este é o aspecto fundamental que merece destaque: o Mito do Crescimento Económico. Sugiro a leitura do prefácio ao relatório pela sua clareza. Os autores afirmam que vivemos numa "Era de Irresponsabilidade", temos ignorado os limites físicos do planeta, devastado os ecossistemas vitais para a nossa sobrevivência, insistindo num crescimento económico que não tem correspondido às expectativas. As desigualdades nos países industrializados são hoje maiores do que há 20 anos.
Reconhece-se que pôr em causa o crescimento económico é uma tarefa arriscada - em tempos considerada pelos meios oficiais como coisa de lunáticos ou revolucionários - sobretudo num momento como o actual, mas que não temos alternativa senão enfrentar o problema e encontrar alternativas. Uma conclusão a tirar é a necessidade urgente de um novo sentido de justiça e partilha. A acção dos Governos também é questionada. A ideia corrente dos governos servirem quase exclusivamente como facilitadores de negócios promotores do crescimento é profundamente errada e urge considerar o interesse público.