Mostly Economics – Episode 25
Há 7 horas
One of the penalties for refusing to participate in Politics is that you end up being governed by your inferiors." "A penalização por não participares na política, é acabares a ser governado pelos teus inferiores" PLATÃO
Ficou célebre a expressão "A Tragédia dos Comuns", título de um artigo de 1968 do biólogo Garrett Hardin. A ideia subjacente era que os “Comuns” favoreciam a sobreexploração dos recursos, na medida em que cada utilizador teria um incentivo para obter a máxima quantidade possível do recurso. Esta é, de facto, uma situação corrente, responsável pelo esgotamento e destruição de florestas, bancos de pesca, etc.., Os adeptos do mercado livre viram aqui mais uma oportunidade. A solução seria privatizar o recurso antes partilhado. No entanto, a privatização não é necessariamente a solução. Se o proprietário for uma grande empresa transnacional cotada em bolsa, poderá simplesmente explorar o recurso numa óptica de curto prazo e mudar-se para outro lado quando o recurso se esgotar. De qualquer modo, outras razões tornam a privatização inviável. Jared Diamond, no seu livro “Colapso” aborda este tema com equilíbrio: «A solução que resta à Tragédia dos Comuns é os consumidores reconhecerem os seus interesses comuns e eles próprios conceberem, obedecerem, e tornarem obrigatórias quotas prudentes de exploração. Isso acontecerá tanto mais depressa quanto uma série de condições sejam obtidas: os consumidores formarem um grupo homogéneo; terem aprendido a confiar e a comunicar entre si; esperarem partilhar um futuro comum e poderem deixar o recurso para os seus descendentes; serem capazes de e autorizados a organizarem-se e vigiarem-se entre si; as fronteiras/limites do recurso e o seu conjunto de consumidores estar bem definido.»
Com a sua compulsão para a maximização dos ganhos de curto prazo e a externalização dos custos, a apropriação pelo mercado de um número crescente de aspectos da nossa vida conduz à percepção daquilo a que se denominou de “A Tragédia do Mercado”. São exemplos o patenteamento de plantas e animais, os OGM's ou a apropriação privada do espaço público. Por outro lado, a tendência para a proliferação de direitos de propriedade/autor engendra aquilo a que alguns designaram por “A Tragédia dos Anti-Comuns”. No livro “The Gridlock Economy” ("A economia bloqueada"), Michael Heller dá como exemplo o sector farmacêutico e as telecomunicações, onde a proliferação de patentes cria obstáculos à inovação. Segundo ele “A privatização pode ir demasiado longe, ao ponto em que destrói mais do que cria riqueza. Demasiados proprietários paralisam os mercados porque toda a gente paralisa toda a gente.” P.S. a propósito, ler este artigo de Stiglitz| Read this FREE online! Full Book | ||
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