tag:blogger.com,1999:blog-15634029.post3983102467709475479..comments2023-08-16T09:15:44.278+00:00Comments on FUTURO COMPROMETIDO: "Beyond Growth" - Para Além do CrescimentoJosé M. Sousahttp://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-48854526985965079842009-01-31T15:36:00.000+00:002009-01-31T15:36:00.000+00:00Olá!Vou ser um bocadinho provocador, diria que é d...Olá!<BR/><BR/>Vou ser um bocadinho provocador, diria que é defeito de formação :) (ciências exactas)<BR/>A Economia não é uma ciência exacta, nem nunca será! O que não a impede de fazer análise critica. O problema é que a teoria económica dominante - saliento este aspecto - é dum simplismo atroz! As abordagens mais sofisticadas recorrem à psicologia, à história, à biologia e, curiosamente, a domínios da física. A Economia é uma ciência transdisciplinar por natureza. Por natureza também, não é uma ciência neutra - seja com os ladrões de bicicletas seja com os que se lhes opõem - tem implicações do ponto de vista do poder, em sentido lato. È fundamental perceber isto. Mas isto não significa que se caia num vazio de arbitrariedade, de mera opinião.<BR/><BR/> Muito do que passa como ciência - a própria análise custo benefício - não é de facto senão opinião sem fundamento!<BR/><BR/>Os ladrões de bicicletas têm toda a razão! Aliás, o designado "pai" da "ciência" económica - Adam Smith - notabilizou-se por um livro no domínio da Ética: <A HREF="http://www.adamsmith.org/smith/tms-intro.htm" REL="nofollow">"The Theory of the Moral Sentiments"</A> e os grandes economistas do Séc. XIX - David Ricardo, Stuart Mill, Karl Marx, etc. foram todos economistas políticos (que não significa economista que detém um cargo político).<BR/>A Ética, por exemplo, tem regras, não implica que cada um diga o que lhe apetece. De qualquer maneira, estava precisamente a escrever sobre isso.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-39548681857633147572009-01-31T15:06:00.000+00:002009-01-31T15:06:00.000+00:00Um pouco offtopicEu de facto sei muito pouco sobre...Um pouco offtopic<BR/><BR/>Eu de facto sei muito pouco sobre Economia Institucionalista, e tenho muita pena disso, mas quando leio esta frase no Ladrões de Bicicletas <BR/><BR/>«Uma economia política Institucionalista (EPI) não separa a análise dos mercados da reflexão sobre o pano de fundo político e ético de uma economia. Ela acredita que as instituições económicas estão entrelaçadas com as normas políticas, jurídicas, sociais e éticas, e todas elas devem ser estudadas e pensadas ao mesmo tempo»<BR/><BR/>fica claro que não há ali uma linha bem definida entre ciência e opinião. Claro que há muitos economistas mainstream (neoclássicos ou neokeynesianos) que também se esquecem disso - mas a economia política é claramente um assunto à parte. Aliás de economia política mainstream eu sei zero, o que mostra como as coisas são separadas.<BR/><BR/>Aquela frase contudo, mostram "ao que eles vêm", e por muito de esquerda que seja, e por muito que possa concordar com as opiniões deles, como economista que vem das ciências exactas, aquilo faz-me muita comichão. <BR/>Ai faz fazAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-50128661412077389862009-01-31T14:41:00.000+00:002009-01-31T14:41:00.000+00:001. Steady-stateClaro que é irrelevante. Só quis ch...1. Steady-state<BR/>Claro que é irrelevante. Só quis chamar a atenção que para um economista "steady-state" é outra coisa completamente diferente (já tive este problema antes). Tal como biliões podem ser coisas diferentes, é preciso estar com atenção quando se lê algo.<BR/><BR/>2. Economia - Política<BR/>Mais uma vez era só a generalização que está em causa. Claro que há muitos economistas que também são (economistas) políticos, tal como há muito engenheiros de transportes que ultimamente o são. Felizmente para os segundos eu não oiço dizer que a Engenharia dos Transportes defende Ota ou Alcochete, mas infelizmente para os primeiros oiço muitas coisas assim.<BR/><BR/>3. PIB, PIL<BR/>O meu ponto era que muito muito raramente se fala em PIL - tenta procurar uma notícia que o refira. Na página das estatísticas do INE, ele nem aparece!! Por isso não concordo minimamente com a crítica que a desvalorização do capital "artificial" é algo que está constantemente a ser tido em conta, em oposição ao capital natural.<BR/>E repito, não é verdade que a variação do capital natural não seja contabilizada. Só que é algo muito difícil, muito vago e logo sujeito a imensas críticas justas.<BR/><BR/>4. Capital natural<BR/>Já agora... se defendes que a Natureza não tem preço, como é que o capital natural poderia ser incluido nas contas nacionais? ;)<BR/><BR/>AbraçoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-58549774774938691112009-01-30T21:17:00.000+00:002009-01-30T21:17:00.000+00:00Ainda sobre o ponto da Economia e da Política sugi...Ainda sobre o ponto da Economia e da Política sugiro esta <A HREF="http://ladroesdebicicletas.blogspot.com/search?q=economia+institucionalista" REL="nofollow">discussão </A>no Ladrões de Bicicletas sobre a "Economia Institucionalista". Será que <A HREF="http://www.johnkennethgalbraith.com/" REL="nofollow">Kenneth Galbraith</A> não era economista?José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-38926265493362751082009-01-30T21:01:00.000+00:002009-01-30T21:01:00.000+00:00«pela mesma razão que não incluem a depreciação do...«pela mesma razão que não incluem a depreciação do valor produzido pelo homem (ao contrário do que dizes): é muito difícil de medir»<BR/><BR/>Resposta:<BR/>"Do somatório de todos os VAB's cf resulta o PIB cf, agregado que engloba o rendimento obtido pelas unidades residentes e o VALOR DA DEPRECIAÇÃO DOS BENS DE CAPITAL UTILIZADOS, no período considerado"<BR/>in Compreender a Contabilidade Nacional de Ivo Gomes Francisco edições Banco de Fomento e Exterior pág. 41<BR/><BR/>OK, de facto o PIB não inclui a depreciação, por definição (o Produto Interno Líquido, sim). Mas o que é relevante aqui é que esse valor é calculado e é importante. Qualquer empresa com bens de equipamento procede a amortizações na sua contabilidade com implicações muito concretas.José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-92169202393248175062009-01-30T20:39:00.000+00:002009-01-30T20:39:00.000+00:00Viva! Agradeço o comentário. Li com muita atenção ...Viva! Agradeço o comentário. Li com muita atenção o livro do Herman Daly (incluindo as notas) e só lamento não ter ouvido falar dele na faculdade (pelo menos não me lembro). Recomendo-o! Quanto à expressão "Steady-State Economy", li o "link" e a tua observação refere-se apenas à distinção entre haver ou não um hífen entre as palavras "Steady" e State". Este é apenas um aspecto formal académico que não me interessa.<BR/><BR/>Advogado do diabo, mas não tanto!<BR/><BR/>«Mas isso não é problema do PIB, ou da ciência económica»<BR/><BR/>«tanto a economia neoclássica como a neokeynesiana não são normativas, não são políticas. Não há objectivos definidos em parte alguma.<BR/><BR/>Esta perspectiva, meu caro, é profundamente "naive". A Economia também é Economia Política e Política Económica, não opera num vazio. Esse é o problema de muitas análises que, por isso, só têm valor formal, não aderam ao mundo real, mesmo ganhando "Nobéis". Muitos modelos e respectivas conclusões são baseados em premissas que implicam "pré-conceitos". O resto da resposta virá depois!José M. Sousahttps://www.blogger.com/profile/01252358340388734853noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-51975806629503985452009-01-30T20:02:00.000+00:002009-01-30T20:02:00.000+00:00Advogado do diabo, parte II :)1. Como disse, tanto...Advogado do diabo, parte II :)<BR/><BR/>1. Como disse, tanto a economia neoclássica como a neokeynesiana não são normativas, não são políticas. Não há objectivos definidos em parte alguma. <BR/><BR/>2. Há pouca investigação em economia dos recursos naturais, é verdade, mas existe. No caso dos recursos fósseis, a ideia geral é que o "mercado" vai resolver a coisa da "melhor" maneira... tal como estava a acontecer com o petróleo. Aqui a definição de "melhor" é muito discutível, mas não conheço definições precisas de "melhor" vindas de fora da economia.<BR/><BR/>3. Crescimento vs desenvolvimento, mais vs melhor. A economia não define o que é o melhor, tenta sim medir aquilo a que as pessoas dão mais valor. Assim quando o PIB aumenta, isso não significa que se esteja a produzir mais quantidade. Significa sim mais valor. Se em vez de 1ton de maçãs se produzir 1ton de maças de agric. biol. o PIB aumenta.<BR/><BR/>4. Contas Nacionais. É verdade, o PIB não contabiliza o valor da Natureza. Mas as estatísticas económicas mais comuns não incluem a Natureza exactamente pela mesma razão que não incluem a depreciação do valor produzido pelo homem (ao contrário do que dizes): é muito difícil de medir. Existe sim o PIL (líquido em vez de bruto), esse inclui a depreciação das "coisas humanas", mas por ser algo tão vago e incerto é que raramente é referido.<BR/>No caso do valor acrescentado pela natureza, há ainda o problema da sua própria definição. É complicado definir a depreciação de algo que se regenera. Eu já li sobre isso há algum tempo, e lembro-me que havia de facto várias questões cuja inclusão ou não, não seriam consensuais (não me lembro o quê, mas posso ver). De qq modo de há uns anos para cá já há medições do PNL Verde, mas sempre pouco discutíveis.<BR/>A diferença para o PNL normal é <BR/><BR/>-despesas de controlo de poluição<BR/>+rendimentos não-monetários obtidos da natureza (ex:uma tarde na praia, que é um serviço que a natureza faz)<BR/>-valor perdido na qualidade ambiental (poluição, perda de biodiversidade)<BR/>+investimentos-depreciação em capital natural<BR/><BR/>5. Mas não encontrarás nenhum economista que ache que o PIB seja uma medida de bem-estar. Há sim é pouca vontade política de querer ver para lá do PIB. Mas isso não é problema do PIB, ou da ciência económica. É dos políticos e de quem os elege.<BR/><BR/><BR/>p.s. como o próprio link diz, o nome "steady-state economy" é um pouco infeliz porque é uma expressão que já é usada em economia com um significado completamente diferente. Isto só para dizer que há que ter atenção quando se lêem textos de fontes diferentes.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-92057604776082677252009-01-28T17:10:00.000+00:002009-01-28T17:10:00.000+00:00Já algum tempo que andava a procura de um livro co...Já algum tempo que andava a procura de um livro com estes temas.<BR/><BR/>Copiei este post para o meu blog (AgriCabaz). Caso tenha algo contra eu retirarei.<BR/><BR/>ObrigadoAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/14341800100848477297noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-15634029.post-40012466491227089172009-01-28T17:08:00.000+00:002009-01-28T17:08:00.000+00:00Este comentário foi removido pelo autor.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/14341800100848477297noreply@blogger.com